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Vereadores manifestam críticas ao SINE-Mariana e destacam trabalho da Comissão de Sindicância instaurada em 2018

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Durante a 27ª Reunião Ordinária da Câmara de Mariana, realizada dia 9 de setembro, vereadores utilizaram a Palavra Livre para manifestar críticas e questionamentos ao atendimento do posto do Sistema Nacional de Emprego (SINE) em Mariana.

Na avaliação dos parlamentares, a unidade não está cumprindo a principal ação preconizada pela rede, que é a intermediação de mão de obra e organização do mercado de trabalho. “Nós não podemos fechar os olhos para o que está acontecendo no SINE. São 15 mil desempregados que precisam dessa Câmara levantar a voz em favor deles”, destacou o vereador Bruno Mól (MDB). Bruno avaliou que o sistema deveria ser o porto seguro para as pessoas que precisam de emprego e que, em Mariana, “o SINE não atende as pessoas que estão ali, diuturnamente, procurando uma vaga. Nós temos que passar durante a madrugada e ver o que essas pessoas estão sentindo e vivendo”.

O vereador Antônio Marcos Ramos de Freitas “Tenente Freitas” (PHS) alertou que há uma confusão generalizada na unidade do SINE-Mariana. Segundo ele, por inoperância do SINE, os usuários criaram regras para não serem prejudicados. “Os próprios candidatos se organizam para tentar evitar que haja prejuízo para as pessoas que estão na fila. Eles passam uma lista e de três em três horas fazem uma chamada para o sujeito não colocar o nome na lista e ir embora para casa”, relatou Freitas. Ele afirmou ter presenciado uma situação em que o coordenador do SINE-Mariana não soube lidar com o público. “Não dá para o Executivo falar que não está sabendo de nada porque há uma sindicância instaurada nesta Casa que mostrou as irregularidades e nada foi feito”, questionou Freitas.

A Comissão de Sindicância para apurar denúncias sobre o SINE-Mariana foi instaurada na Câmara em abril de 2018, quando os vereadores Marcelo Macedo (PSDB), Daniely Alves (PR) e Deyvson Ribeiro (SD) foram nomeados, respectivamente, presidente, relatora e vogal. “O SINE não representa o trabalhador marianense. Aliás, ele não representa nada”, ponderou o vereador Marcelo Macedo. “Nós ouvimos todos os servidores do SINE, o coordenador, o secretário Juliano Barbosa, apuramos, e pedimos que olhassem a conduta do coordenador do SINE e nada foi feito”, relatou o presidente da Comissão de Sindicância. “Está nas mãos do prefeito desde 2018. Esta Casa apurou, encaminhou para lá e não temos até hoje uma resposta”, destacou.

A vereadora Daniely Alves destacou que, durante a apuração, a Comissão de Sindicância “solicitou por duas vezes o afastamento do coordenador do SINE para que não tivesse interferência no processo”. A parlamentar afirmou que o desatendimento ao pedido da Comissão dificultou os trabalhos.

O vereador José Jarbas Ramos Filho “Zezé de Nêgo” (PTB) avalia que “o que está acontecendo no SINE, e já foi documentado na Câmara, é que não há um controle”. Para ele, é necessário tomar uma atitude para conter a desordem. “Essa Casa precisa acionar o Executivo convocando o secretário responsável pelo SINE para trazer esclarecimentos e, mais do que isso, ter uma posição oficial do município a fim de resolver essa situação. O que não pode é a população ficar sofrendo”, apontou Zezé de Nêgo.

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